E o grande vencedor da cerimônia da Bola de Ouro da FIFA foi o português Cristiano Ronaldo. O craque lusitano venceu o prêmio de melhor jogador da temporada, encerrando a supremacia de quatro anos do argentino Lionel Messi. As lesões e o declínio do Barcelona prejudicaram Messi. Coube a Ribery, parte do vitorioso futebol coletivo do Bayern, a missão de parar o português, mas nem o futebol nem os títulos do francês impressionaram a FIFA. CR7 foi o primeiro a levar a Bola de Ouro sem conquistar sequer um título na temporada, mas tendo levado nas costas um Real Madrid que fracassou novamente e colocado na Copa do Mundo, uma seleção mediana de Portugal. Sobraram reclamações pelo lado do francês e do presidente do Bayern, que acusaram a FIFA de favorecer o luso.

Polêmicas à parte, o ano foi de CR7. Ele conquistou sua segunda Bola de Ouro da carreira (a outra foi em 2008), depois de marcar 69 gols em 57 jogos. Segundo analistas, o prêmio pode garantir que o salário anual de Ronaldo suba para 50 milhões de euros por ano, o maior valor já obtido por um atleta no futebol.

A Fifa também escolheu a seleção do ano. O time seria formado por Neuer, Lahm, Sergio Ramos, Thiago Silva e Dani Alves. Iniesta, Xavi, Ribéry, Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic e Messi. Vamos lá, Sergio Ramos e Dani Alves? Realmente contestável.

A maior barbada era o troféu Puskás, dado ao gol mais bonito do ano, que ficou com Ibrahimovic e sua obra prima contra a Inglaterra.

Os dois melhores técnicos do mundo vieram do futebol alemão. Entre os homens, Jupp Heynckes, ex-técnico do Bayern de Munique, que venceu tudo o que disputou em 2013. No futebol feminino, a melhor técnica foi a alemã Silva Neid, campeã da Eurocopa 2013 com a seleção alemã.

Entre as mulheres, a melhor jogadora do mundo foi a goleira da seleção da Alemanha, Nadine Angerer, que bateu a brasileira Marta e a americana Abby Wambach. É a primeira vez que uma goleira conquista o prêmio.

Após um ano de notáveis avanços no futebol de base, com a construção de infraestrutura para desenvolver ainda mais o futebol em todo o país e a promoção de uma liga profissional apesar de mais de uma década de desordem provocada pela guerra, o Afeganistão foi condecorado com o Prêmio Fair Play da FIFA 2013.

A festa ainda corrigiu uma injustiça histórica e a Fifa deu uma Bola de Ouro para Pelé, que não aguentou as lágrimas. Enquanto jogava, o Rei nunca levou o prêmio, pois na época apenas jogadores que atuavam na Europa eram agraciados. Muito emocionado, declarou: “completei a lista de troféus em casa”.