Faltar futebol nas rodadas do Brasileirão não é nenhuma novidade, mas goleiro marcando de cabeça, atacante comemorando de forma insana e outras maluquices que aconteceram nesta rodada, passam bem longe de ser corriqueiras.

Começando em Salvador, onde o Tarracha (Jesus!) fez mais uma grande partida na lateral esquerda do Vitória, o rubro-negro empatou em 1×1 com Flu, no duelo dos goleadores Maxi e Fred, altores dos gols. Descendo para Curitiba, o Furacão venceu o Bahia por 1×0, com gol do jovem decano Paulo Baier. O Goiás derrotou o Náutico por 2×1, em Goiânia, com o peso pesado Walter marcando duas vezes. para quem achava que o Coxa era só Alex, a resposta veio na quinta, com a vitória do Coritiba por 1×0 sobre o Grêmio, em plena Arena, em Porto Alegre, naquilo que pode ser facilmente ser chamado de nó tático.

O maluco beleza do Galo, Luan, foi o nome do empate em 2×2 com o Botafogo, no Independência. Depois de uma arbitragem terrível e de estar perdendo até os acréscimos, o substituto de Bernard empatou a partida e saiu para comemorar com o Galo Doido inflável, no momento mais no sence da rodada. Em Santa Catarina, o Cruzeiro derrotou o frágil Criciúma por 2×1, com um golaço de letra de Goulart, e assumiu a liderança do Campeonato. Numa ajuda mútua, digna de cavalheiros, o Cruzeiro empurrou o Tigre para o Z4, tirando o Galo de lá. Esse, por sua vez, segurou o Botafogo, dando a liderança ao rival. Mais improvável (e nada planejado) impossível.

Nada como um clássico depois de ser surrado pelo Barcelona. Bom, o Santos não teve outra escolha e teve de encarar o Corinthians na Vila Belmiro. O empate em 1×1 parecia normal, não fosse o fato dos autores dos gols, Paulo André e Willian José, serem protagonistas de uma discussão que botou para o fora os dois. Outro empate aconteceu no Rio, onde Vasco e Ponte ficaram no 1×1. Mais uma vez o goleiro Roberto saiu como herói. Não bastasse ter pego um pênalti de Fred no domingo, na quinta o arqueiro da Macaca segurou uma cobrança de Juninho Pernambucano.

Agora, louco mesmo o Lauro. Não bastasse ter feito três defesas salvadoras, o arqueiro da Lusa cansou de ver o ataque falhar e subiu para a área do Fla, para tentar um milagre. No apagar das luzes, o goleiro subiu de cabeça e fez o gol que impediu mais uma derrota da Portuguesa. Com seu segundo gol contra o Flamengo (o outro foi a dez anos atrás, pela Ponte), o goleiro entra para a história como um dos goleiros artilheiros com mais gols marcados contra o rubro-negro carioca. Brincadeiras a parte e, entre Lauros, Luans e Tarrachas, o Brasileirão vai caminhado, sem empolgar pelo bom futebol mas rendendo boas risadas e assuntos de sobra para as resenhas de boteco.