ABU DHABI 2009 | VETTEL VENCE O PRIMEIRO GP NOS EMIRADOS
Na esteira da inclusão de novos países, principalmente fora da Europa, na história recente da Fórmula 1, o circo da principal categoria do automobilismo mundial chegava em 2009 pela primeira vez nos Emirados Árabes Unidos. Na capital do país, Abu Dhabi, foi construído um circuito esteticamente muito bonito, mas com uma pista muito travada e com muita dificuldade para se realizar uma ultrapassagem na pista do mesmo.
No artigo de hoje relembraremos a primeira corrida realizada em Abu Dhabi (2009), aonde Sebastian Vettel venceu a disputa pelo vice-campeonato contra o brasileiro Rubens Barrichello, já que o título já havia sido conquistado por Jenson Button na corrida anterior, no Brasil.
Naquele dia 1º de novembro de 2009: Na largada, ainda no fim da tarde, Lewis Hamilton, que saía na pole position, se aproveitou do Kers de seu McLaren e manteve a primeira posição com folga, seguido por Sebastian Vettel, que largou na segunda posição. O alemão da RBR ainda tentou pressionar o inglês na primeira volta, mas não conseguiu a ultrapassagem.
Mark Webber e Rubens Barrichello dividiram a primeira curva, quando o brasileiro tentava ganhar a terceira posição do australiano. O piloto da Brawn saiu no prejuízo, já que a roda traseira esquerda do rival da RBR tocou em sua asa dianteira, que perdeu elementos aerodinâmicos no lado direito. O brasileiro conseguiu acompanhar o ritmo de Webber na primeira volta, mas começou a perder desempenho.
O brasileiro não conseguia andar bem e acabou superado na segunda volta por Jenson Button, seu companheiro de equipe e campeão mundial por antecipação. O inglês abriu cerca de dois segundos de vantagem e o brasileiro começou a ser pressionado por Robert Kubica, da BMW Sauber, que buscava a quinta posição na corrida. Após duas voltas ruins, ele recuperou o ritmo e voltou a andar mais rápido que Button.
A noite começava a chegar em Abu Dhabi e Hamilton abria uma boa vantagem sobre Vettel e Webber, já pensando em seu primeiro pit stop, que seria realizado antes dos rivais da RBR. Só que, a partir da oitava volta, o alemão começou a andar no ritmo do inglês, que começava a sofrer com uma falha em seu freio traseiro direito. Quatro passagens depois, na 12ª, o inglês travou as rodas e saiu da pista, perdendo oito décimos.
Na 18ª, Lewis Hamilton fez seu primeiro pit stop, ao mesmo tempo que Jenson Button. O inglês da McLaren voltou próximo das RBRs, mas já era claro que Sebastian Vettel ganharia a posição do inglês. Enquanto isso, o atual campeão do mundo sofria mais atrás com a pressão do japonês Kamui Kobayashi. O piloto da Toyota fez uma brilhante ultrapassagem no fim da maior reta do circuito de Abu Dhabi, dando um “xis” em Button.
Após uma pequena confusão, com Jaime Alguersuari entrando na posição errada e quase atrapalhando a parada de Vettel, o alemão ganhou a posição de Hamilton após seu pit stop na 20ª volta, quando retornou à pista. O inglês tentava se manter na corrida mesmo com o grave problema no freio, mas a McLaren ordenou que ele retornasse aos boxes na passagem seguinte, já que a falha causou uma grande vibração na parte traseira de seu carro.
A segunda janela de pit stops começou na 39ª volta, com a parada de Nico Rosberg, da Williams. Na volta seguinte foi a vez de Robert Kubica, da BMW Sauber, que retornou à pista na nona posição. Na 42ª, Barrichello e Heidfeld fizeram seus últimos pit stops e voltaram na quinta e sexta posições, respectivamente.
Kubica tentou ultrapassar Buemi na 43ª volta, quando os dois dividiram a curva no fim da maior reta do circuito. O polonês levou a pior e acabou rodando na pista. Ele perdeu uma posição para o alemão Nico Rosberg, da Williams. Ao mesmo tempo, Jarno Trulli e Jenson Button faziam seus últimos pit stops do ano. O atual campeão mundial voltou na terceira posição da prova, atrás somente de Vettel e Webber, da RBR.
Nas últimas dez voltas da prova, duas brigas atraíram a atenção. Jenson Button tirava a vantagem de Mark Webber e tentava brigar pela segunda posição, mas sem sucesso. Na quarta posição, Rubens Barrichello sofria com a pressão de Nick Heidfeld e Kamui Kobayashi. Mas os rivais não conseguiram reduzir a vantagem do brasileiro, que manteve a posição. Em primeiro, Sebastian Vettel corria confortavelmente, com mais de 16 segundos de frente. (Texto retirado do site globoesporte.globo.com)
O vídeo a seguir mostra o resumo do que aconteceu naquele dia feito por um expectador da mesma.
Em 2016, a disputa do título Mundial de Pilotos ainda não está decidida. Rosberg está com o primeiro título “encaminhado”. Basta ser terceiro lugar ao final da corrida que o alemão levará a primeira taça do Mundial de Cosntrutores para casa. Mas basta lembrar que em 2014, em situação parecida (mas com Hamilton próximo do título) o carro do piloto alemão o “abandonou” naquela corrida, facilitando o trabalho de Hamilton, que faturou o título naquele ano. Nada ainda está definido.
O circuito da corrida
O Grande Prêmio dos Emirados Árabes Unidos faz parte do calendário da Fórmula 1 desde 2009. De lá pra cá esteve sempre presente no calendário da principal categoria do automobilismo mundial.
O circuito utilizado é o Circuito de Yas Marina localizado na marina da cidade de Abu Dhabi.
O circuito é maravilhoso, principalmente quando anoitece e se acende uma iluminação especial em partes do mesmo dando um efeito quase surreal a corrida. Não é a toa que Yas Marina é o circuito mais caro construído até hoje para a Fórmula 1.
O circuito também possui outra curiosidade: a saída dos boxes possui um “S” e passa por debaixo da pista aumentando o grau de “surrealismo” do mesmo.
Porém, concordo com a declaração de Galvão Bueno sobre o traçado do circuito ser parecido com uma pista de cart. Hermann Tilke caprichou na hora de desenhar o traçado do circuito… Só que não.
São incríveis 20 curvas, muitas das quais lentas. Quem vê o traçado sem conhecer o lugar tem a impressão de que é um circuito de rua de tão travado que o mesmo é. Só não é pior que Hungaroring entre os circuitos permanentes atuais da Fórmula 1. Antes do uso do DRS nem nas duas grandes retas se conseguia ultrapassar com facilidade. Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 55 vezes para que se, conheça o vencedor da etapa dos EAU da Fórmula 1. O traçado, com seus 5554 metros, pode ser visto na figura a seguir.
Assim como no Barein o circuito foi construído em uma área desértica onde a possibilidade de chuva durante a corrida é quase zero.
Dados históricos
Foram realizadas até agora, 7 edições do GP dos Emirados Árabes Unidos desde 2009 e quatro pilotos diferentes venceram lá desde então. O alemão Sebastian Vettel foi o primeiro vencedor desta etapa. Vettel também é o maior vencedor da mesma, até agora, com 3 vitórias, seguido por Lewis Hamilton com duas vitórias. Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Red Bull com 3 vitórias seguida pela Mercedes com 2 vitórias.
A pole mais foi feita por Sebastian Vettel pela Red Bull em 2011 com o tempo de 1min 38s 481 (com os carros com motores V8) e a volta mais rápida também foi feita por Vettel, também pela Red Bull, em 2009, com o tempo de 1min 40s 279 (também com os carros com motores V8).
Expectativa para a corrida
E assim chegamos ao final de mais uma temporada da Fórmula 1. A terceira em que escrevo para o blog Start Sports. Agradeço mais uma vez a confiança de toda a equipe do blog por ter me dado à oportunidade de escrever pelo terceiro ano seguido sobre este esporte apaixonante, mas que foi relegado por muitos brasileiros nos últimos 20 anos desde a morte de Ayrton Senna e a falta de títulos por parte dos pilotos brasileiros, somados à ocorrência de episódios ridículos como o ocorrido com Barrichello na Áustria em 2002 e Massa na Alemanha em 2010.
Agradeço a todos os leitores, que são a razão da existência deste blog, peço desculpas se errei em alguma informação ou demorei a passar as notícias e espero continuar com este belo trabalho em 2017, lembrando que ainda tem a crônica sobre esta última corrida no domingo.
Mais uma vez a Mercedes sobrou nesta temporada. Novamente com um carro bem nascido e contando com a competência de toda uma equipe, o time alemão sagrou-se novamente campeão dos Mundiais de Construtores e Pilotos (Rsoberg ou Hamilton) em 2016. Visando acabar com esta nova hegemonia na Fórmula 1, a FIA vai impor grandes mudanças no regulamento de 2017 principalmente nos carros, que se esperam, serão até 5 segundos mais rápidos que os atuais em alguns circuitos do atual calendário
Entre altos e baixos, destaque positivo novamente para Max Verstappen e, desta vez, para a sua equipe a Red Bull. Max assumiu o carro do time austríaco após o GP da Rússia e em sua primeira corrida pelo novo time, contando com o acidente logo na primeira volta entre Rosberg e Hamilton, na Espanha, venceu a mesma e se tornou o piloto mais jovem a vencer na Fórmula 1. Entre grandes pilotagens, como o show que protagonizou na última corrida no Brasil, e algumas atitudes questionáveis, Max vai demonstrando que, se lhe derem um carro competitivo, tem tudo para conquistar mais vitórias e títulos na Fórmula 1.
Já a Red Bull mostrou uma grande evolução do seu carro ao longo de 2016. Venceu, até agora, duas corridas ao longo da temporada e tomou da Ferrari o posto de segundo time do grid nesta temporada e tem tudo para evoluir em 2017, com as novidades propostas para a próxima temporada.
Destaques negativos para Ferrari, Williams e Sauber. O time italiano, que nesta temporada esperava se aproximar da Mercedes e conseguir mais vitórias, não venceu nenhuma prova até agora e viu a Red Bull assumir o posto de segundo time da temporada.
Já a Williams, após dois terceiros lugares em 2014 e 2015, voltou a “andar para trás” e este ano vai ficar somente em 5º lugar, atrás até da Force India. Mesmo tendo o melhor motor do grid (Mercedes), o time inglês não se achou e perdeu Felipe Massa, que resolveu se aposentar da Fórmula 1 ao final desta temporada. Sem um carro competitivo e sem obter grandes resultados nesta temporada, o brasileiro vai buscar nova sorte em outras categorias do automobilismo.
Já a Sauber teve um regresso imenso nesta temporada. Após obter bons resultados, principalmente com Felipe Nasr em 2015, o time suíço ficou a maior parte desta temporada na lanterna do Mundial de Construtores, sem pontuar. Só saiu da lanterna recentemente após a brilhante pilotagem (9º lugar) de Nasr no molhado GP do Brasil deste ano que garantiu dois pontos para a equipe suíça. Apesar do feito, a vaga de Nasr na Sauber ainda não é certa. Na realidade, o Brasil pode ficar pela primeira vez sem um piloto na Fórmula 1 desde 1970, caso Nasr não consiga permanecer na Sauber ou ir para a Manor, que recentemente foi colocada a venda.
No mais resta a disputa do título do Mundial de Pilotos. Rosberg vai correr amanhã com o regulamento “debaixo do braço”. Basta completar a corrida em 3º lugar que, independente da posição que Hamilton terminar a prova, o alemão levará seu primeiro título para casa. As demais situações estão descritas na imagem abaixo.
Qualquer um dos dois que ganhar o título vai ser merecido. Rosberg teve um começo arrasador com 4 vitórias nas 5 primeiras corridas. A partir de Mônaco, Hamilton venceu 6 corridas em 7 realizadas e assumiu e abriu uma ligeira vantagem na liderança. Porém após a volta das férias de verão, Rosberg venceu 4 corridas em 5 realizadas e, aonde não venceu, na Malásia, contou com o “estouro” do motor de Hamilton quando este liderava a prova e iria reassumir a liderança do campeonato naquele momento. Hamilton venceu as últimas 3 corridas e conseguiu adiar a decisão do título para a prova derradeira, mas com Rosberg sempre em segundo, o inglês não depende só dele para igualar Prost e ser 4 vezes campeão na Fórmula 1.
Enfim, vamos aproveitar esta última corrida da temporada e ver quem ficará com o título do Mundial de 2016. Será que teremos um título inédito ou um novo tetracampeão? Façam as suas apostas.
Resultado do treino classificatório
Corrida – 27/11/2016 (domingo), 11:00h (horário de Brasília)
A corrida será transmitida pela Rede Globo. Boa corrida para todos.
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