À NORUEGA O TÍTULO, AO BRASIL A CRISE INTERNA NO HANDEBOL
O Brasil não conquistou o bicampeonato mundial de handebol feminino. O título ficou com a fortíssima Noruega, atual bicampeã olímpica. Mas curiosamente, um país que antes não se importava com o handebol, de repente começou a cobrar resultados de sua seleção.
O Brasil chegou a Dinamarca para tentar o bi, mas não conseguiu. Fez uma grande primeira fase, venceu um jogo histórico com a França, mas caiu frente a Romênia, que estava em grande fase, mas não é do primeiro escalão. Ai começaram as críticas.
Um protótipo de crise se desencadeou entre a Confederação Brasileira de Handebol e o dinamarquês Morten Soubak, técnico da seleção desde 2009. Principal responsável pela evolução da seleção feminina e por levá-la ao primeiro escalão do esporte, Morten criticou duramente a estrutura do esporte no país, ao dizer que o esporte no país não evoluiu em nada depois do título mundial. O campeonato nacional muito curto e a falta de infraestrutura e de investimento no esporte foram as principais reclamações. Lógico que teve réplica. Manoel Luiz Oliveira, presidente da confederação chegou a sugerir que Morten voltasse à Dinamarca, causando um mal-estar ainda maior.
O pior é a forma como o desentendimento foi exposto publicamente. Em meio a isso, a imprensa questionou muito a seleção, colocando em dúvida o ouro no Rio, como se o Brasil fosse uma potencia absoluta neste esporte. Na verdade, foi mais uma zebra em 2013 do que qualquer outra coisa.
Voltando ao esporte, que é o importante, o mundial proporcionou gratas surpresas, como a boa equipe da Romênia, que eliminou Brasil e França e terminou em terceiro na competição. A grande surpresa foi a Holanda, que chamou atenção pela beleza de suas atletas e principalmente pelo poderio ofensivo, que levou a surpreendente equipe ao vice-campeonato, depois de eliminar as favoritas ao título, as dinamarquesas, donas da casa.
No fim, valeu a tradição da Noruega, atual bicampeã olímpica, que se consolidou como melhor equipe do mundo, conquistando seu terceiro título. Provavelmente, serão as escandinavas as principais rivais do Brasil na tentativa de conquistar o ouro olímpico no Rio, em 2016. Isso sem falar nos problemas internos da administração do handebol no país.
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