Neste sábado (24) começa a disputa das semifinais da Copa do Mundo de Rúgbi, e não é qualquer joguinho mequetrefe, não! É apenas e tão somente um África do Sul x Nova Zelândia. Jogo que já foi final de Copa, jogo que faz tremer o mundo do esporte no “Rugby Championship”, disparado o jogo mais esperado pelos fãs de rúgbi do planeta.

Foi bom ter citado o “Rugby Championship”, porque foi isso que virou a reta final da Copa do Mundo. A outra semifinal será disputada no domingo entre Argentina e Austrália, que formam o recente campeonato anual de seleções da “panela” do lado de baixo do globo; deixando a turma do velho continente a ver navios navegando no mar de lágrimas dos eliminados.

A Escócia até engrossou o caldo no jogo das quartas de final contra a Austrália, aliás, fez a Austrália suar demais em um jogo que terminou 35 x 34. País de Gales teve uma eliminação honrosa diante da África do Sul, que ganhou por apertados 23 x 19. Argentina e Nova Zelândia não tiveram problemas para avançar às semifinais; a primeira despachou a Irlanda com tranquilidade por 43 x 20; a segunda não tomou conhecimento, subiu no caminhão, atropelou a França, deu ré pra garantir o falecimento e os franceses nem conseguiram anotar a placa direito, só alguns símbolos: 62 x 13.

Mais do que o trabalho que a Escócia deu à Austrália, a aula de rúgbi que Nova Zelândia aplicou na França foi o resultado mais surpreendente da fase passada. Esta perna das quartas envolvendo franceses e neozelandeses reeditou a final da última Copa do Mundo, realizada na própria Nova Zelândia. Mesmo que a presença dos All Blacks (que ganharam em 2011) na semifinal desta edição não seja surpresa, a diferença no placar foi elástica demais.

Traçando um paralelo com a Copa do Mundo de Futebol, o passeio dos All Blacks foi equivalente àquela goleada da Holanda sobre a Espanha, em Salvador, no segundo dia da Copa 2014; jogo que também reeditava a final da última copa disputada. A Nova Zelândia já era muito favorita para o título, e vem mostrando que este favoritismo não é em vão.

Neozelandeses favoritos, mas a parada deve ser muito dura, já que a África do Sul também faz ótima campanha (apesar da louca derrota na estreia). O jogo de sábado é muito pesado, reunindo os dois maiores campeões, as duas seleções mais fortes e vai definir o favorito na final. Quem passar destes dois, chega com muita moral e com pinta de campeão para enfrentar quem quer que venha do outro lado. É, sem dúvida, um jogo que poderia perfeitamente ser a final deste campeonato (o que não é, por mero protocolo, já que é provável que o vencedor termine campeão). Nova Zelândia vem mais forte, com mais moral, mas os sul-africanos também são bem cascudos.

Do outro lado, a Austrália, por ser mais tradicional e acostumada ao protagonismo, tem certo favoritismo no jogo. Mas a geração argentina é ótima, o recente crescimento é evidente e a empolgação dos “hermanos” podem (e devem) equilibrar o jogo. Embora menos pesada que a outra perna da fase, o equilíbrio entre as equipes deste lado é bem parecido.

Por fim de contas, as semifinais ficaram bem equilibradas (embora se encaminhe para uma final não tão equilibrada assim). De fato, a Argentina entrou no mapa do Rúgbi mundial e mostra isso com a sólida campanha. As três potências Nova Zelândia, Austrália e África do Sul continuam ditando a regra da força do Rúgbi. E a Copa do Mundo tem mostrado um grande espetáculo esportivo, oportunidade para se deliciar com este esporte pouco difundido no Brasil. Os jogos terão transmissão e será mais fácil vê-los do que jogos da Champions League, aproveite e não perca uns dos grandes momentos esportivos do ano! Se não der para ver, o Start Sports te contará como foi.