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O GP DA ITÁLIA DE 2009 E A (ATÉ AGORA) ÚLTIMA VITÓRIA DO BRASIL NA F1

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Os brasileiros se acostumaram a ter pilotos competitivos e vencedores por um bom tempo na Fórmula 1 . Basta lembrar que o trio Fittipaldi, Piquet e Senna, conquistaram nada mais, nada menos que 8 títulos mundiais e 78 vitórias entre 1970 e 1993.

Rubens Barrichello em 2009. Amado por alguns. Detestado por muitos. FOTO: www.f1fanatic.co.uk
Rubens Barrichello em 2009. Amado por alguns. Detestado por muitos. FOTO: www.f1fanatic.co.uk

Após a morte de Senna em 1994, somente dois outros pilotos brasileiros se destacaram na Fórmula 1. Felipe Massa, atualmente pela Williams, e Rubens Barrichello, hoje na Stock Car. Cada um deles conquistou 11 vitórias na Fórmula 1, sendo que a décima primeira de Rubinho, que foi a de número 101 conquistada por pilotos brasileiros na Fórmula 1 é o tema do post de hoje.

A temporada de 2009 da Fórmula 1 foi um tanto diferente do habitual. Após comprar o espólio da equipe Honda F1, e criar a Brawn GP, Ross Brawn conseguiu por na pista um carro tão surpreendente (após múltiplas mudanças no regulamento de 2008 para 2009) que, até o GP da Itália, já havia vencido 7 corridas na temporada e que, ao final da mesma, conquistaria os títulos do Mundial de Equipes e de Pilotos (com Jenson Button).

Brawn GP: uma única temporada de existência e campeã de tudo. FOTO: f1around.wordpress.com.
Brawn GP: uma única temporada de existência e campeã de tudo. FOTO: f1around.wordpress.com.

A Fórmula 1 chegou na Itália com os dois pilotos da Brawn GP na frente do mundial. Button, que já havia vencido 6 corridas naquela temporada, contra somente 1 de Barrichello, liderava o campeonato com 16 pontos de vantagem sobre o brasileiro. Na classificação, porém, os carros ingleses só conseguiram, respectivamente o 5º (Barrichello) e 6º (Button) no grid, atrás de Mc-Laren (Hamilton e Kovalainen), Force India (Sutil) e Ferrari (Raikkonen).

“A corrida foi complicada. Rubinho largou bem e se manteve entre os primeiros colocados. Lewis Hamilton fez seu primeiro pit stop na 15ª volta, em decorrência de um problema no desgaste dos pneus macios. Ele voltou em quinto, logo atrás dos pilotos da Brawn GP. Três voltas depois, Adrian Sutil e Kimi Raikkonen, primeiro e segundo, respectivamente, pararam nos boxes. Barrichello vinha com pneus duros e não precisou trocá-los. Desta forma, com o pit stop dos concorrentes, assumiu a ponta, seguido por seu companheiro Button. A estratégia rendeu ao piloto brasileiro uma boa vantagem sobre o inglês.

Na 29ª volta, Button foi aos boxes e ficou parado por 8,1 segundos. Barrichello entrou na volta seguinte. O brasileiro ficou parado dois décimos a menos e voltou à pista com quatro segundos de vantagem para o inglês. Hamilton vinha na terceira posição. No entanto, o piloto da McLaren sofreu um acidente na última volta e abandonou a corrida. Com o safety car na pista, Rubinho administrou e venceu pela terceira vez em Monza.”

texto retirado do site Memória Globo

Rubinho comemora sua vitória no GP da Itália de 2009. FOTO: gazetapress.com
Rubinho comemora sua vitória no GP da Itália de 2009. FOTO: gazetapress.com

Mal sabiam aqueles que assistiram aquela corrida, seja pela TV ou no autódromo, que aquela vitória seria a última do Brasil na Fórmula 1. O vídeo a seguir mostra como foram as voltas finais e o pódio daquela corrida.

https://youtu.be/IbFHyjbZGVY

Para se ter uma ideia do tanto tempo que isso faz, o site br.motorsport.com listou alguns fatos que mostram como o mundo já deu muitas voltas de lá pra cá:

• Schumacher sequer tinha voltado a competir na Fórmula 1 pela Mercedes;
• Adriano e Petkovic eram destaques do Flamengo, que viria a ser campeão daquele ano;
• Kaká começava sua jornada no Real Madrid (passou depois por Milan, São Paulo e Orlando City);
• Lula ainda era o presidente da República;
• Ronaldo “brilhava muito” no Corinthians;
• Diego Armando Maradona era técnico da Argentina;
• A Renault ainda era uma equipe da Fórmula 1;
• O dólar estava “apenas” na casa de R$ 1,80 (nesta terça-feira ele foi cotado a R$ 3,68, valorização acima de 100%);
• Mônica Iozzi era apenas uma novata no CQC;
• Ricardo Teixeira era presidente da CBF;
• Xuxa ainda era da Globo e apresentava o “TV Xuxa” aos sábados;
• Vettel tinha apenas três vitórias na Fórmula 1 e nenhum título;
• Hélio Castroneves ainda comemorava a terceira vitória nas 500 Milhas de Indianápolis;
• Felipe Massa se recuperava de grave acidente na Hungria;
• Rio de Janeiro era declarada a sede dos Jogos Olímpicos de 2016;
• Corintianos ouviam piadas por não terem vencido Libertadores;
• Neymar fazia seus primeiros jogos como profissional do Santos;
• Bruna Marquezine tinha 14 anos e era apenas uma atriz infanto-juvenil, distante de se tornar símbolo sexual;
• Fátima Bernardes dividia a bancada do Jornal Nacional com William Bonner ;
• O Orkut era a principal rede social dos brasileiros;
• Osama bin Laden ainda era caçado pelos americanos.

E pelo visto o jejum brasileiro vai continuar. Se nada de anormal ocorrer as Mercedes devem continuar mandando na Itália neste final de semana. Vamos ver.

O circuito da corrida

O Grande Prêmio da Itália é um dos mais tradicionais da Fórmula 1. Está no calendário da categoria desde seu início em 1950 e, assim como o GP da Grã Bretanha, sempre esteve presente em todas as temporadas da Fórmula 1 até hoje.

Com exceção de 1980, onde foi realizada em Ímola, a corrida italiana sempre foi realizada no extremamente rápido circuito de Monza.

Vista aérea do Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália desde 1950. FOTO: grandprix247.com
Vista aérea do Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália desde 1950. FOTO: grandprix247.com

Para se ter uma ideia desta rapidez, durante 70% de uma volta rápida no circuito italiano é feita com aceleração máxima. Só no antigo traçado de Hockenheimring, utilizado até 2001, é que o percentual de tempo em que um carro de Fórmula 1 ficava em aceleração plena durante uma volta era maior.

O lendário circuito de Monza, localizado na cidade de mesmo nome é composto por longas retas intercaladas por variantes, ora rápidas, ora lentas, e a conhecida curva Parabólica feita em alta velocidade antes da reta dos boxes.

Curva parabólica, uma das mais conhecidas da história da Fórmula 1. FOTO: michaelschumacher.es
Curva parabólica, uma das mais conhecidas da história da Fórmula 1. FOTO: michaelschumacher.es

Entre algumas mudanças ao longo da história o atual traçado do Circuito de Monza possui 5793 metros. Apesar de extenso, a corrida da Itália é, em circunstâncias normais, a mais rápida da Fórmula 1 atual. Um GP da Itália normal não chega a durar mais que 1 hora e 15 minutos.

Vettel, em 2008, gastou 1 hora e 26 minutos, mesmo boa parte da corrida ter sido realizada com chuva. Traduzindo: melhor não bobear senão você irá perder uma parte considerável da prova.

Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália. FOTO: pt.wikipedia.org
Circuito de Monza onde se realiza o GP da Itália. FOTO: pt.wikipedia.org

Em situações normais, os pilotos deverão fazer este traçado por 53 vezes para que se conheça o vencedor da etapa italiana da Fórmula 1. O traçado do circuito, pode ser visto na figura a seguir.

A corrida da Itália geralmente ocorre com tempo seco. Mas a chuva nunca é totalmente descartada. E quando aparece surpresas sempre podem ocorrem. É só relembrar a proeza de Vettel em 2008.

Dados históricos

Nas 65 edições realizadas até agora do GP da Itália, 35 pilotos diferentes venceram. O italiano Giuseppe Farina foi o primeiro vencedor pilotando uma Ferrari, em 1950.

O maior vencedor do GP da Itália é o alemão Michael Schumacher, com 5 vitórias alcançadas, seguido pelo brasileiro Nelson Piquet, com 4 (Piquet foi quem venceu a única etapa não realizada em Monza). Por equipes, quem mais venceu até agora foi a Ferrari com 18 vitórias, seguida pela McLaren com 10 vitórias.

A pole mais rápida foi feita por Rubens Barrichello, pela Ferrari, em 2004, com o tempo de 1min 20s 089 (com os carros com motores V10) e a volta mais rápida também foi feita por Rubens Barrichello, naquele mesmo ano ,com o tempo de 1min 21s 046.

Expectativa para a corrida

Após as férias, quase nada de novo ocorreu na última corrida. Tirando a novidade em relação a largada dos pilotos e o pódio de Grosjean com a Lotus, as Mercedes de Hamilton e Rosberg sobraram de novo. Melhor para o piloto inglês que ampliou sua liderança no Mundial de Pilotos frente ao companheiro de equipe e rival na disputa pelo título. Na Itália, o domínio dos carros do time alemão não deve ser afetado de novo pelos rivais.

A Ferrari viu a chance de mais um pódio ir pro espaço com o estouro do pneu de Vettel na última volta do GP da Bélgica. E provavelmente a possibilidade de disputar o título do Mundial de Pilotos também. Em casa, quem sabe um pódio para dar uma alegria aos apaixonados tifosis da Ferrari?

A Williams foi a grande decepção da última corrida. Com um rendimento abaixo do esperado e com direito a um erro bizarro na hora de trocar os pneus de Valtteri Bottas, o time inglês conseguiu terminar o GP da Bélgica somente em 6º (Massa) e 9º (Bottas) lugar, respectivamente. Será que desta vez a Williams irá bem em Monza?

Já Felipe Nasr viu seu companheiro de equipe terminar mais uma corrida a sua frente. No entanto a pontuação de Nasr (que vem sofrendo com a falta de evolução da sua Sauber) ainda é muito maior que a de Ericsson em 2015.

E mais uma vez deu Mercedes na cabeça. FOTO: formula1.com
E mais uma vez deu Mercedes na cabeça. FOTO: formula1.com

Horários:

Classificação – 05/09/2015 (sábado), 09:00h (09:30 começa a transmissão na TV aberta) (horário de Brasília),
Corrida – 06/09/2015 (domingo), 09:00h (horário de Brasília)
O treino e a corrida serão transmitidos pela Rede Globo. Boa corrida para todos.

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