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FUTURO PRÓXIMO DO FUTEBOL

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Durante o período de férias do futebol europeu, acontecem um sem número de eventos que podem mudar o rumo do esporte mais popular do mundo. Por exemplo, neste período do ano que vem, estaremos vendo mais uma Copa do Mundo, ditando a moda de tratamento de torcida, infraestrutura, modelos de broadcast e claro: consagrando jogadores e mostrando outros esquemas de jogo que serão a verve dos próximos anos na Champions, Premiere League e até no Brasileirão e nos modorrentos estaduais por aqui.

Mas e neste ano, o que rolou? Vai começar mais uma temporada europeia e podemos tentar traçar alguns prognósticos.

Primeiro e mais notório: subitamente, o campeonato francês se tornou a liga astronômica das galáxias aos olhos da imprensa brasileira. Menino Neymar foi para o PSG e mudou o paradigma do futebol estrangeiro por aqui. Fatalmente você verá jogos do PSG pela Champions nas tardes de quarta-feira da Globo, e não mais do Barcelona. Vai ter reportagem de 40 minutos no Esporte Espetacular mostrando o lastro esportivo dos grandes times franceses. E sim! A SporTV (que tripudiou de Marcelo Bechler quando este noticiou a transferência) está rindo atoa, já que não possui direito de transmissão do espanholão, mas o francesão sempre foi um pedaço da pitada gringa que o braço esportivo Global pinga, só pra não falar que ela ignora o que acontece fora das fronteiras brasileiras.

Além disso, teve Copa das Confederações. Quase ninguém por aqui deu bola para ela, afinal, não tinha Brasil no programa. Como a imprensa tupiniquim não gosta de mostrar esporte e sim “brasileiros se dando bem”, o obscuro torneio realizado na Rússia aconteceu, mas não virou manchete. Mas, além de mostrar que a Alemanha continua com uma boa geração que vai sim dar muito trabalho nas Copas do Mundo vindouras, o auxílio eletrônico à arbitragem deu as caras e mostrou que está vindo mesmo para ficar, e quem não embarcar nessa, vai ficar para trás (C/C para CBF).

O esquema de auxílio eletrônico à arbitragem teve uma experiência ruim no mundial de clubes ocorrido no último mês de dezembro. Porém, o que se viu na Copa das Confederações foi um modelo bem mais ágil, assertivo e claro. Foram vários momentos que o juiz acertou por meio do auxílio e contribuiu (e muito) para a lisura do combate e justiça esportiva, coisa que pode sempre ficar em segundo plano, obscurecida e desacreditada. Está cada vez mais próximo de chegar ao melhor procedimento para pelo menos reduzir interferências indesejadas de juízes. Tomara que isso chegue, e chegue logo.

E se o tema é futuro, não podemos deixar passar os torneios de seleções de base. A Alemanha ganhou a Euro Sub-21 desfalcada… Pela seleção “principal” que estava na Rússia. Sim, a Alemanha deu folga para que seus principais destaques descansem e cheguem bem fisicamente na Copa, ganhou com uma seleção alternativa e já tem uma boa geração vindo para manter competitiva a seleção germânica. Teremos a Alemanha dando trabalho ainda. Veja nosso post específico aqui.

E teve mundial Sub-20 também. E teve surpresa! Quem fez a final foi, pasme você: Venezuela e Inglaterra.

Os latinos já chegaram como estranhos no ninho, já que deixaram nada mais, nada menos que Brasil e Argentina para trás. Os bichos papões sul americanos (maiores campeões da categoria) fizeram uma competição doméstica sofrível e nem disputaram o mundial (e eram quatro (!) vagas). Já a seleção vinotinto, chegou e botou banca: conseguiu resultados que outras camisas pesadas não conseguiram, tipo passar o carro Vanuatu na primeira fase. Os venezuelanos fizeram uma campanha bem consistente, até despachando o Uruguai na semifinal. Mostra claramente o crescimento que que o futebol tem visto na Venezuela, que a cada ano consegue melhorar seu rendimento. Já não é muito absurdo pensar em participação venezuelana nas próximas edições de Copa do Mundo.

Venezuela
DAEJEON, SOUTH KOREA – JUNE 08: Players of Venezuela celebrate after winning the FIFA U-20 World Cup Korea Republic 2017 Semi Final match between Uruguay and Venezuela at Daejeon World Cup Stadium on June 8, 2017 in Daejeon, South Korea. (Photo by Lars Baron – FIFA/FIFA via Getty Images)

Já os ingleses, ganharam do time do Maduro por 1×0 na final. Os súditos da rainha também têm melhorado bastante seu rendimento, principalmente depois de algumas mudanças na Premiere League, que obriga os clubes a terem ingleses em seus plantéis, fazendo aparecer bons valores na ilha. A seleção principal não para de dar vexame, a Islândia que o diga, mas o futuro inglês é mais promissor que o presente melancólico.

Já Vanuatu, nada indica que vai chegar muito longe… A seleção mais carisma dessa edição do mundial Sub-20 tomou 7×0 para a potente Venezuela, mas endureceu o jogo diante dos tradicionais México e Alemanha (sim, a toda poderosa), perdendo só por 3×2 para ambos. Mas convenhamos, o mundial Sub-20 conta com duas vagas para a Oceania; uma fatalmente é da Nova Zelândia, que já não é grandes coisas enquanto seleção de futebol; a outra fica para ser disputada entre Vanuatu, Taiti, Papua Nova Guiné e outras ilhas que mal têm 22 garotos para montar uma seleção. O Campeonato Sub-20 da OFC que carimbou o passaporte vanuatuense foi disputado em seus próprios domínios, e eles perderam de 5×0 na final para a Nova Zelândia. Não inspira um futuro grandioso, mas pelo menos não tomou de 7 dentro de casa igual uns e outros por aí…

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