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Os Jogos Olímpicos da antiguidade

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A partir desta semana, o Start Sport começa a mergulhar na história dos Jogos Olímpicos. Serão uma série de posts sobre o evento e sobre a sua influência no esporte e na sociedade como um todo. Nada melhor do que começar mostrando a origem de tudo.

A inspiração para a realização dos Jogos Olímpicos veio das competições realizadas na Grécia antiga, do século VIII a.C. ao século V d.C., onde várias cidades-estados enviavam seus representantes para competir em eventos atléticos, lutas e corridas de bigas. Os gregos explicam o surgimento dessas competições com a mitologia, onde Héracles (ou Hércules), filho de Zeus, teria sido o primeiro a chamar os Jogos de “Olímpicos” e aquele que estabeleceu seu período como sendo de a cada quatro anos.  Héracles teria construído o estádio Olímpico após ter completado seus doze trabalhos, como uma honra a Zeus. Outro mito associa os primeiros Jogos com o antigo conceito grego de trégua olímpica, quando os combates em andamento paravam para a realização dos jogos.

O Estádio de Olímpia, sede dos jogos da antiguidade. FOTO: wikipedia.org

A data mais aceita para o início dos Jogos Olímpicos antigos é 776 a.C., que é baseada em inscrições encontradas em Olímpia, berço dos jogos, que tratavam dos vencedores de uma corrida a pé realizada a cada quatro anos a partir de 776 a.C. Os Jogos Antigos tiveram provas de corrida, pentatlo (que consiste em um evento de saltos, lançamento de disco e dardo, uma corrida a pé e luta), boxe, luta livre e eventos equestres. Como forma de honraria, os vencedores das provas foram admirados e imortalizados em poemas e estátuas, mas nem todos os cidadãos podiam participar.  Apenas os cidadãos livres, do sexo masculino e que estivessem inscritos para a competição podiam participar dos Jogos. Os atletas treinavam em suas cidades de origem durante os quatro anos que separavam os Jogos Olímpicos e a 60 dias dos Jogos, se reuniam na cidade de Elis, para dedicarem-se à sua preparação física.

Representação de atletas em competição. FOTO: COI (www.olympic.org)

O papel religioso das Olimpíadas merece destaque, pois os eventos esportivos eram celebrados – termo adotado à época – ao lado de rituais de sacrifício em honra a Zeus e Pélope, herói divino e rei mítico de Olímpia. Alem disso, os Jogos passaram a ser utilizados pelos gregos como unidade de medição de tempo, com base no período da Olimpíada, correspondente aos quatro anos entre os jogos.

O apogeu dos Jogos Olímpicos da antiguidade se deu entre os séculos VI e V a.C., entrando em declínio posteriormente, perdendo gradualmente sua importância com a expansão do cristianismo, cada vez mais consolidado no Império Romano, que dominava a Grécia desde 144 a.C. Por reprovar o culto aos esportes “pagãos” e a adoração do fogo sagrado que era acesso em Olímpia durante as celebrações,  os cristãos romanos passaram a condenar os Jogos. Apesar de não haver consenso sobre quando os Jogos terminaram oficialmente, a data mais aceita é 393 d.C., quando o imperador Teodósio I impôs o fim de todas as práticas e cultos tidos como pagãos. Mais tarde, em 426 d.C., Teodósio II ordenou a destruição de todos os templos gregos.

Era o fim dos Jogos Olímpicos da antiguidade e o começo de um grande período sem competições que duraria até o final do século XIX, quando elas voltariam com tudo. Mas isso já é assunto para um outro post. Por enquanto, vamos com algumas curiosidades dos Jogos Olímpicos da Antiguidade:

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