O que se pode esperar de uma pessoa que supera seus próprios limites? Provavelmente muito, pois ela não vê neles uma barreira que a impeça de ir sempre mais além do que imaginam que ela consiga. É com esse pensamento que vamos para os 14º Jogos Paralímpicos de Londres, onde superação de limites físicos é apenas o primeiro dos feitos desses atletas.

Logo na Cerimônia de Abertura já foi possível ver o que Londres mostrará ao mundo, provando que as Paralimpíadas são tão grandiosas quanto as Olimpíadas. Na cerimonia, marcada pela exaltação dos feitos do passado e pela esperança de mais igualdade para os portadores de deficiência, foi realizada uma homenagem ao Dr. Ludwig Guttmann, pioneiro no uso do esporte para reabilitação e inclusão de deficientes, que contou com a presença ilustre do cientista Stephen Hawking. Foi emblemática e  demonstrou, em grande estilo, o orgulho dos ingleses por serem precursores do movimento paralímpico.

O evento acontece até dia 9 de setembro, nas mesmas instalações das Olimpíadas, com cerca de 4.200 atletas em 20 modalidades. A delegação brasileira partiu para Londres com 182 atletas e a espectativa de terminar em 7º no quadro de medalhas. Os jogos contam com alguns nomes são famosos por suas participações nas Olimpíadas de Londres, como o corredor sul-africano, Oscar Pistorius e a mesatenista polonesa Natalia Partyka. Outros tem uma longa história de conquistas, como a holandesa Esther Vergeer, invicta no tênis em cadeira de rodas desde 30 de janeiro de 2003,  com  457 vitórias consecutivas, que lhe rendeu cinco ouros paralímpicos, 42 Grand Slams (21 simples e 21 duplas) e 22 Copas do Mundo. É simplesmente incrível.

Talvez seja isso que podemos esperar desses atletas, que, com menos apoio e longe dos holofotes tem na competição por si só um conquista incrível. E provavelmente é isso que eles farão em Londres. Coisas incríveis.