E chegamos ao último dia de jogos da segunda rodada. O Maracanã esperava a tão anunciada atuação de gala da geração de ouro da Bélgica. Coisa que não veio. Muito pelo contrário, pois a Rússia é que teve o domínio da partida. Mas como os diabos vermelhos tinha Hazard, a história foi diferente. Cinco minutos de bom futebol do meio da Chelsea renderam uma falta, batida na trave, e uma grande jogada que terminou no gol do novato Origi, de 19 anos, aos 44 do segundo tempo. O resultado magro deu a vaga aos belgas.

O resultado colocou os russos na corda bamba, pois Porto Alegre viu o jogo mais surpreendente da rodada. Para quem reclamou, esnobou e ignorou a partida entre Coréia do Sul e Argélia, os times protagonizaram a partida mais empolgante da rodada. As “raposas do deserto” mostraram que não são o ferrolho que enfrentou os belgas na primeira rodada e atropelaram a Coréia no primeiro tempo. Slimani, Hallichi e Djabou garantiram o arrasador 3×0 do primeiro tempo. Na segunda etapa, a Coréia jogou melhor, marcou com Son e perdeu muitos gols. Ai, Brahimi marcou um belo gol e matou a reação oriental, que não passou do segundo gol, de Koo. O resultado foi histórico, por se tratar da primeira vitória argelina desde 82 e por ter sido a primeira vez que um africano marcou quatro gols na partida. Agora, o time argelino joga por um empate para se classificar.

No jogo mais esperado do dia, Portugal jogou suas fichas contra os EUA. Com Cristiano Ronaldo nitidamente baleado, o time português partiu para cima e achou um gol logo no começo, marcado por Nani. Mesmo na frente, os portugueses não conseguiam dominar a partida e sofriam muito com os ataques americanos. No segundo tempo, a casa caiu. Johnson e Dempsey (que mesmo com nariz quebrado jogou) marcaram e colocaram o desespero no time de Portugal. Perdido em campo e sem poder contar com o melhor futebol de Ronaldo, os gajos se jogaram deliberadamente ao ataque. Quando todos se conformavam com o fracasso, Ronaldo jogou a bola na área e Varela mergulhou para empatar, marcando o gol mais tardio da história dos mundiais, aos 50 minutos do segundo tempo. O empate foi um banho de água fria para os EUA, que ficaram a um minuto de garantir a classificação antecipada. Já Portugal, se salvou da eliminação precoce mas ainda respira por aparelhos e só se classifica com um milagre.

A rodada chegou ao fim, mas o pesadelo português não. Será que os lusos se juntam à Espanha e Inglaterra e voltam para a casa, mesmo tendo o melhor do mundo?