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ATLETI OU REAL? É CLÁSSICO VALENDO O TÍTULO DA CHAMPIONS

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Sabe aqueles jogos que todo mundo espera. Pois é, chegamos ao dia de um deles, a decisão da UEFA Champions League. Assim como no ano passado, teremos um clássico na final, só que dessa fez um clássico entre times da mesma cidade: Atlético de Madrid e Real Madrid. É a primeira vez que esse fato ocorre.

Comandados por Diego Costa o time do Atlético foi superando prognósticos e chegou a uma antes inesperada decisão. FOTO: UEFA
Comandados por Diego Costa o time do Atlético foi superando prognósticos e chegou a uma antes inesperada decisão. FOTO: UEFA

Quando a competição começou, chamamos o Real Madrid de favorito (mais pelo investimento) e o Atlético de Madrid de mediano. Na fase de oitavas de final, continuamos achando o Real favorito e começamos a dar moral para o Atleti, mais pela má fase do Milan do que por qualquer outra coisa. Depois que os “colchoneros” eliminaram o Barça e o Chelsea, passamos a respeitá-lo e o que dizer do Real, que se já era favorito, mostrou em campo uma enorme supremacia ao surrar o Bayern na semi. Com isso, Madrid se mandará em peso para Lisboa.

O palco da festa e o novo Estádio da Luz, campo do Benfica, e esta é a segunda vez que Lisboa abriga a decisão. Da outra vez, em 67, o Celtic derrotou a Inter de Milão por 2×1, no estádio Nacional do Jamor.

O palco da decisão sendo preparado em Lisboa. FOTO: AP
O palco da decisão sendo preparado em Lisboa. FOTO: AP

Se levarmos em conta os números, a torcida do Atlético não precisa alimentar esperança alguma. Em 262 jogos entre os rivais de Madrid, o Real venceu 143 e o Atlético 64, tendo ocorrido 57 empates. Os merengues marcaram 480 vezes e os colchoneros 340.

Mesmo se levarmos em conta apenas os duelos pela Champions, ainda dá Real. As duas equipes se enfrentaram três vezes pela competição, sendo todas elas nas semifinais da temporada 58/59. O Real venceu o jogo de ida por 2×1 e o Atlético o da volta, por 1×0. No jogo desempate, em Zaragoza, deu Real novamente, por 2×1. O time  seria campeão naquela edição.

Se for dinheiro então, nem precisa comparar. O elenco merengue vale 571,4 milhões de euros, 86% a mais que o do Atlético, avaliado em 306 milhões de euros. O time titular do Atlético custa 44,5 milhões de euros (R$ 134,5 milhões), enquanto o do Real custa 413 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhão) – quase metade só em Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, as duas contratações mais caras da história do futebol. Se compararmos o retorno financeiro, o Real arrecada quase cinco vezes que o rival, 518,9 milhões de euros (1,5 bilhão de reais).

Com duas taças, o goleiro espanhol é um dos cinco que disputam a decisão que já possuem o título. FOTO: AP
Com duas taças, o goleiro espanhol é um dos cinco que disputam a decisão que já possuem o título. FOTO: AP

Mas nos títulos estão equiparados, né? Que nada. A vantagem do Real Madrid é grande também neste quesito. São 32 títulos espanhóis, nove UEFA Champions League, 19 Copas do Rei, três Mundiais de Clubes e duas Europa Leagues (antiga Copa Uefa). Já o Atlético de Madri conquistou recentemente seu 10º campeonato Espanhol e ainda possui 10 Copas do Rei e duas da Europa League.

Então não tem jeito, vai dar real? Lógico que não é tão simples assim. No momento vemos duas equipes em pé de igualdade, mesmo com os desfalques para a decisão. O Atlético sofrerá mais, principalmente se perder seu goleador Diego Costa. Já o Real vai contar com sua estrela maior, Cristiano Ronaldo. O português, que já se tornou o maior artilheiro de uma edição de Champions, está a dois gols de se tornar o segundo maior goleador do clássico contra o Atlético. Nem precisa dizer que pará-lo é o caminho para o Atleti chegar ao título inédito.

Cheio de recordes, português é a principal arma do Real. FOTO: CR7 divulgação
Cheio de recordes, português é a principal arma do Real. FOTO: CR7 divulgação

“La Primeira”, como vem sendo chamada a possível conquista, vem sendo o grande sonho dos comandados de Simeone. Depois da eliminação nas semifinais da Champions de 58/59, os rojiblancos ficaram com fama de perdedores e só retomaram a confiança nas década de 70, com um semifinal em 70/71 e o vice-campeonato de 73/74. Porém, desde então, apenas a campanha deste ano foi além das quartas de final. Ao contrário da obsessão do Atleti, a do Real é por algo muito maior. “La Décima”, viria para trazer o time de volta ao caminho das conquistas, uma vez que o maior campeão continental, com nove taças, não vence a competição desde 2001/02.

A despeito das obsessões e dados históricos, os times atuais são espelho de seus técnicos. O Real colheu os frutos das novas ideias trazidas pelo multi-campeão Carlo Ancelotti, que conseguiu tornar o time ainda mais eficiente e botar ordem nos vestiários. Do lado do Atleti, “Cholo” Simeone reconstruiu o time do qual foi ídolo como jogador, num processo que já vinha desde 2008. A base da equipe vem desde o título da UEFA Europa League de 2010/11. Invicto, o time de guerreiros parece se apegar a gana de vencer e ao apoio da enlouquecida torcida, para vencer o gigante rival e levantar sua primeira Champions.

Simeone e Ancelotti protagonização um duelo de dois grande técnicos. FOTO: UEFA
Simeone e Ancelotti protagonização um duelo de dois grande técnicos. FOTO: UEFA

É o duelo do irmão rico contra o irmão pobre. Opostos unidos por uma história que desde de 1902 coloca de pé a rivalidade entre as torcidas das fontes de Cibele e de Netuno. E neste sábado, o encontro das duas equipes será pelo motivo mais valioso de suas histórias. Vale a Champions League.

PS: Cabe o agradecimento ao co-produto deste post, Celinho da Bequinha.

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