Será um exagero falar que Kobe Bryant foi o maior jogador de basquete da era pós-Jordan? Os fãs de LeBron e Curry dirão que sim, mas todos vão concordar que estamos falando de um gênio, que seguramente estará entre as maiores lendas da NBA.

Desde quando estreou na liga, em 3 de novembro de 1996 (sem passar pelo basquete universitário), Kobe já apontava que seria um jogador fora da curva. Na verdade ele foi mais do que isso. O “Mamba Negra”, como ficou conhecido, seguiu com o legado de Michael Jordan, como apontou o jornalista Martin Rogers, produtor responsável pela série de reportagens “Arquivos Kobe” para o USA Today: “Mais do que qualquer outro, Kobe pegou o bastão de Jordan e continuou o legado. Ele jogou com estilo e intensidade, e priorizou a vitória acima de tudo”.

Por ser tão competitivo, Kobe era tido como arrogante e até mesmo genioso. Brigou com Shaquille O’Neal nos Lakers, depois de três títulos juntos, sendo o pivô da saída de Shaq da franquia, coisa da qual se arrepende hoje. Talvez essa característica tenha tornado o fim dos seus vinte anos de Lakers duros, ao ver a equipe sem chances de título.

Teve problemas extra quadra, sendo acusado de estupro, num caso que se encerrou como apenas um escândalo extra-conjugal do atleta. Não era querido por todos e tinha seus desafetos. Entretanto, até as torcidas que o odiavam demonstravam respeito por ele, como pudemos ver na sua turnê de despedida em sua última temporada.

No fim, ainda não podemos cravar que Kobe é o maior depois de Jordan, mas com certeza é um grande candidato. E particularmente eu votaria nele. Votaria porque ele foi genial dentro das quadras e deixou claro que dedicação vale para todos no esporte. Inclusive os que tem talento. E isso ele tinha de sobra.