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Defesa do Corinthians funciona e estrela de Romarinho brilha na Bombonera

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Parecia que o jogo estava para o Boca, mas no meio do caminho tinha um diminutivo de craque para dar mais fôlego ao bando de loucos que sonha com um título que esperam a anos. O jogo de ida da final da Libertadores terminou em 1×1, na mítica La Bombonera, o que garante que as emoções derradeiras da competição ficarão mesmo para semana que vem no Pacaembu.

O Boca começou indo para cima do Timão, o que já era previsto, porém a defesa corintiana conseguia marcar muito bem o ataque argentino, dando poucos espaços e levando algum perigo em contra ataques. Em um deles, Paulinho roubou a bola no meio e arriscou um chute de longe para grande defesa de Orión. Em contrapartida, o Boca criava bons lances pelas laterais, mas sem conseguir finalizar no alvo. Em uma delas, Santiago Silva acertou uma meia bicicleta, mas que foi bloqueada por Alessandro.

O panorama da partida mudou quando Jorge Henrique sentiu uma contusão e foi substituído por Liédson. A partir daí, o Corinthians perdeu força de marcação, e força na saída para o ataque, já que Liédson ficava mais centralizado, não recompondo a marcação no meio campo, e por não ter mais o vigor físico de outros tempos.

O Boca passou a ter mais controle do jogo no segundo tempo, por ter mais campo e mais tranquilidade para jogar, e passou a ser mais agudo no ataque, buscando criar mais oportunidades. A defesa corintiana ainda conseguia marcar bem, mas agora mais pressionada do que no início da partida.

Em um dos melhores lances, Riquelme recebeu na área e passou para Mouche finalizar para defesa segura de Cássio, a primeira dele no jogo. Até então, esta havia sido a melhor chance do Boca no jogo. O Corinthians tentava sair em contra ataques, mas não conseguia finalizar a gol. Em dois lances, Danilo e Paulinho tentaram o passe quando tinham oportunidades de finalizar e acabaram perdendo o lance.

Após muito pressionar o Boca chegou ao gol. Mouche bateu escanteio, Santiago Silva desviou, Chicão cortou com a mão e Roncaglia completou para as redes. O zagueiro corintiano escapou da expulsão porque a jogada terminou em gol, recebendo apenas cartão amarelo. Caso o juiz marcasse pênalti, ele deveria ter sido expulso.

A Bombonera ferveu, o Boca sentiu o momento favorável e passou a pressionar ainda mais a equipe corintiana. Vendo sua equipe pressionada, Tite lançou a sua sorte, e colocou Romarinho, aquele que havia marcado dois golaços no clássico no último domingo, no lugar de Danilo.

Aos 40 minutos, pouco depois de debutar em um jogo de Libertadores, Romarinho entrou em diagonal, como manda a cartilha dos matadores, e recebeu passe primoroso de Emerson Sheik e tocou por cobertura na saída do goleiro. Era o empate, naquele momento, improvável do Timão.

O Boca ainda pressionou no fim da partida, e em bola levantada na área, Mouche perdeu uma cabeçada, da pequena área, sem goleiro para fazer o gol da vitória Xeneize. A fiel agradeceu.

Mesmo não conseguindo fazer valer o seu mando de campo, o Boca Júniors ainda é uma equipe muito perigosa, principalmente jogando fora de casa. O resultado foi bom para o Corinthians, mas não quer dizer que o título esteja encaminhado para o Parque São Jorge. A equipe xeneize costuma fazer jogos excelentes jogando fora de casa, haja vista as partidas contra o Palmeiras na final de 2000 (após empate em casa) e contra o Cruz Azul na final de 2001 (derrota em casa no primeiro jogo), onde o Boca se sagrou campeão tendo de fazer o resultado fora de casa. Por outro lado, o Boca empatou com o Fluminense em 2008 em casa, e perdeu na volta.

O Corinthians jogou bem nos momentos em que levou perigo no ataque, quando teve somente Liédson à frente o time sofreu pressão do Boca e levou o gol. Esse é o segredo para o Corinthians, incomodar o Boca atacando a equipe xeneize, mas com responsabilidade defensiva. Foi isso que o Fluminense fez em 2008, onde saiu perdendo por 1 x 0 em casa e virou para 3 x 1.

O jogo não está decidido e não existe favorito ao título. Todo respeito ao Boca é pouco, perto do que essa equipe merece por tudo que já fez em Libertadores. Ao Corinthians, resta ter paciência e sabedoria no jogo de volta. Sem pressão e afobamento. O Timão precisa vencer por qualquer diferença de gols, e o empate leva o jogo para a prorrogação. O Boca precisa fazer o seu jogo de sempre. Tentar levar a partida sem sustos, e tentar decidir em uma bola, como fez contra o Fluminense neste ano.

O título está absolutamente em aberto. Agora nos resta aguardar por mais um jogo cheio de emoções na próxima semana.

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BOCA JÚNIOR 1 x 1 CORINTHIANS

Boca Júniors: Orión, Roncaglia, Schiavi, Caruso e Clemente Rodríguez; Ledesma (Rivero), Somoza, Erviti, Riquelme e Cvitanich, Santiago Silva (Viatri) e Mouche. Téc: Julio Falcioni

Corinthians: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo (Romarinho), Alex (Wallace); Jorge Henrique (Liédson) e Emerson Sheik. Téc: Tite

Gols: Roncaglia aos 28 e Romarinho aos 40 do segundo tempo.

Amarelos: Roncaglia e Riquelme (BOC); Chicão (COR)

Local: La Bombonera, Buenos Aires, Argentina

Motivo: Primeiro jogo da final da Libertadores 2012

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