O Mundial de Clubes de vôlei masculino agitou o ginásio do Mineirinho e reunião grandes equipes do mundo todo. No fim das contas o caneco ficou para um estreante na competição. O atual campeão europeu Belogorie Belgorod, da Rússia, foi impecável e venceu todas as partidas no caminho do título, com destaque para a vitória na primeira fase contra o Sada/Cruzeiro e na grande decisão, contra o super time do Al-Rayyan.

No duelo entre a individualidade de estrelas e a força do elenco, prevaleceu o poder do conjunto russo. Após um início ruim, com atuação irreconhecível, o Belgorod, bateu o Al-Rayyan, a grande surpresa desta edição, por 3 sets a 1, parciais de 16/25, 25/21, 25/21 e 25/15, conquistando o título inédito.

O time que ganhou a antipatia da torcida, pela rivalidade e pelo comportamento nada amistoso durante o torneio, não perdoou o time do Qatar, que sofreu com as críticas da imprensa por ter montado um novo time de última hora, cheio de estrelas internacionais, exclusivamente para a disputa do Mundial.

O UPCN foi uma grata surpresa, pois eliminou os italianos do tetracampeão Trentino na primeira fase e arrancou o terceiro lugar do atual campeão Cruzeiro. Esse decepcionou sua torcida. O time mineiro campeão de tudo, chegou com pinta de favorito e tropeçou na empolgação. Não suportou o forte time do Belogorie e terminou em segundo no grupo. Enfrentou a seleção de aluguel do Al-Rayyan e não soube impor seu entrosamento, caindo de forma apática frente ao time do oriente médio. Por fim, fez um bom jogo na disputa de terceiro lugar contra os arqui-rivais sul-americanos do UPCN, mas na hora de decidir o tir-break, o Cruzeiro vacilou e ficou fora do pódio. A derrota por 3×2 (25-17, 31-29, 23-25, 16-25 e 15-13) fechou a campanha decepcionante do time de quem se esperava muito.

Venceu o melhor time. Isso é indiscutível. Ficou como lição a necessidade do time do Cruzeiro de se reinventar e, quem sabe, começar um novo ciclo dessa que é uma das maiores equipes da história do vôlei nacional.