A SUPREMACIA DO REAL MADRID NA EUROPA
O Real Madrid ganhou a Champions League. De novo. Maior clube do mundo, o Real consolida ainda mais sua supremacia na Europa. Depois de semanas ouvindo falar que o poderoso ataque merengue poderia ser parado pelo muro da Juve, o mundo se deparou com uma chocante goleada de 4×1. Esse título, o 12º do Madrid, precisa ser decupado. Faremos isso aqui. Aliás, falaremos sobre os fatores que fazem desse título um dos mais importantes para o clube espanhol.
A campanha
Ao contrário do título nos pênaltis contra o Atlético de Madrid, ficou claro que a temporada atual foi muito mais difícil para o Real. Se o título de 2015/16 teve como obstáculos PSG, Malmoe, Shakhtar, Roma, Wolfsburg e Manchester City, nesta temporada a parada foi mais dura: Légia Varsóvia, Sporting, Borússia Dortmund, Napoli, Bayern de Munique e Juventus.
O ponto de equilíbrio das duas campanhas (ou de desequilíbrio) foi o Atlético de Madrid. Aliás, em quatro temporadas seguidas o clássico de Madrid aconteceu na fase de mata-mata, sendo duas finais, e o Real passou em todas! Nas semis dessa temporada, um passeio no Bernabeu e um primeiro tempo tenso no Calderón. Mas acabou dando Real de novo.
Sufoco mesmo foi contra o Bayern. Um duelo com cara de final, teve vitória dos visitantes em ambos os confrontos, o que fez com que o duelo parasse na prorrogação. Uma classificação que foi uma grande prova para a maturidade desse time. A decisão foi um caso à parte.
A decisão
Depois de derrubar gigantes no caminho da decisão, o Real precisou se impor sobre uma grande equipe da Juventus. As semanas que antecederam a decisão apontaram um duelo épico entre o ataque merengue e a defesa da Velha Senhora. Para muitos, a Juve era favorita. Mas não foi o que se confirmou.
A Juve pecou muito no que mais lhe qualificava: a defesa! Depois de parar os ataques de Barcelona e Mônaco, dois dos maiores da Europa, o muro italiano parecia desmoronado. Deixou CR7 livre na área por duas vezes, coisa inacreditável. Talvez por isso tenha doido tanto. A derrota veio naquilo que a Juventus tinha de melhor, sua solidez defensiva. Pior para Buffon, que viu seu sonho de título europeu ir para o espaço.
Do lado campeão, destaque para os gols de Casemiro e Asensio. E para Cristiano, como falaremos adiante.
A supremacia histórica
Ninguém tem uma relação tão forte com a Champions como a que o Real Madrid possui. Desde que a UEFA decidiu em 1955 organizar um torneio continental, a então Copa da Europa, nenhum clube conquistou mais títulos que o Madrid. Com sua última vitória diante da Juventus na final de Cardiff, a equipe acumulou 12 orelhudas, mais que qualquer outra (o Milan, segundo maior campeão, tem “apenas” sete). Além disso, veio um bicampeonato consecutivo, uma façanha que não havia ocorrido nos 25 anos da fase Champions League.
Os maiores campeões da @ChampionsLeague:
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– @acmilan 🏆🏆🏆🏆🏆🏆🏆#UCLfinal #LaDuodecima #HalaMadrid pic.twitter.com/7NxTdz3108— Blog Start Sports (@blogstartsports) 3 de junho de 2017
O Real Madrid se proclamou campeão das primeiras cinco edições da antiga Copa da Europa (1956, 1957, 1958, 1959 e 1960) e ganhou outro título seis temporadas depois, em 1966. Mas a lista de sucessos da equipe merengue também se manteve na etapa moderna. De 1992 até 2017, o clube dirigido por Florentino Pérez conquistou o mesmo número de títulos, seis: 1998, 2000, 2002, 2014, 2016 e 2017.
Apesar de tantos títulos europeus, o Real Madrid não tinha conseguido unir o êxito continental com o título de La Liga. O último doblete havia ocorrido em 1958, e foi repetido agora, 59 anos depois. A próxima meta: três orelhudas consecutivas! Só Ajax, Liverpool, Bayern de Munique e próprio Madrid tem o feito.
Uma geração épica?
Talvez uma das maiores. Não é só Cristiano Ronaldo. Tem Benzema, Marcelo, Bale e uma série de jogadores formidáveis. Um craque em cada posição. E daqui a alguns anos, lembrarão do Real de CR7 como campeão de três Champions em quatro temporadas. O sucesso de uma geração, que começou com o título de “La Decima”, continua rendendo frutos até hoje.
Zidane e Cristiano Ronaldo
A dupla deu certo mesmo. Muito certo. Se quando falamos do título de 2016 estávamos falando sobre o quanto Zidane entendia de futebol, hoje podemos ratificar isso. Ele salvou a temporada 2015/16 do Real e conseguiu um título quase como azarão, depois de quase ter sido demitido após a derrota para Wolfsburg. Quem diria, os Wolves quase acabaram com o bicampeonato do Real! Mas como a história foi diferente, hoje o Zidane é aclamado como um dos maiores técnicos do momento, sendo o único homem no mundo a ganhar as duas Champions que disputou como técnico.
#UCLfinal Zidane é o primeiro da história a conquistar a @ChampionsLeague logo nas duas primeira participações como técnico. pic.twitter.com/5YWCxgjETV
— Blog Start Sports (@blogstartsports) 4 de junho de 2017
Zizou também fez o time jogar muito mais na atual temporada. Quando perdeu Bale e teve que colocar Isco, melhorou sensivelmente o time. Quem diria! Casemiro, além de um cão de guarda na defesa, passou a marcar belos gols. Marcelo, continua um monstro. Sergio Ramos, sempre que preciso, faz um gol decisivo. E Cristiano? Esse chutou de vez a fama de pipocar em decisão.
Se na temporada passada ele passou apagado nas decisões, nesta conquista ele foi extremamente protagonista. Quando terminaram as oitavas-de-final, Messi tinha 11 gols e Cristiano tinha 2. Ai o gajo resolveu ser matador na hora certa. Fez cinco gols no confronto quanto o Bayern, três contra o Atlético e mais dois na final. Chegou a 600 gols na carreira. Tornou-se o artilheiro da temporada com 12. Com dez gols nos três confrontos que decidiram o título. Atuação de craque. Uma Champions para chamar de sua.
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