CAMISAS DE PESO NAS SENSACIONAIS SEMIFINAIS DE CHAMPIONS LEAGUE
Favoritos em seus jogos, Bayern de Munique, Barcelona, Real Madrid e Juventus chegam com muita moral a semifinal da UEFA Champions League.
Depois de perder o primeiro jogo por 3 a 1, o Bayern de Munique se viu obrigado a partir para cima do Porto. Mesmo com muitos desfalques, o time Alemão não tomou conhecimento dos portugueses e resolveu o duelo em 45 minutos, fazendo 5 a 0 ainda no primeiro tempo. Esboçando uma reação o Porto chegou até a marcar seu gol de honra, mas acabou levando o sexto em uma bela cobrança de falta de Xabi Alonso. O time de Julen Lopetegui, que no primeiro jogo se mostrou equilibrado, marcando sobre pressão e não dando espaço para o Bayern, no jogo de volta sentiu muito a falta de seus laterais, Alex Sandro e Danilo, e perdeu consistência e força no ataque. Já o Bayern de Pepe Guardiola, voltou ao seu jogo de posse de bola e contando com as boas atuações de Thiago, Xavi Alonso, Muller e Lewandowski, não deu chance para a zebra e segue firme para a semi.
Depois de vencer no Parc des Princes, por 3 a 1, o Barcelona tinha uma situação muito favorável e confirmou sua vaga na semifinal ainda no primeiro tempo. Com dois gols de Neymar, o time Catalão despachou a boa equipe francesa. Mesmo com as voltas de Ibrahimovic, Verratti e com Lucas no banco, o PSG foi apático, e demonstrava muito mais preocupação em não perder de muito do que buscar verdadeiramente a histórica classificação. Com Pastore apático, o PSG foi mais uma vez presa fácil para Neymar e companhia.
O Barcelona foi mais uma vez incisivo e direto, sempre buscando o gol. Desde que o Luiz Enrique assumiu o time catalão, esta tem sido uma característica marcante da equipe. Com um Iniesta inspirado e um Daniel Alves motivado, o Barça dominou completamente a partida e chega a sua quinta semifinal nas últimas 6 participações de UEFA Champions League.
No confronto entre Monaco e Juventus, deu a equipe italiana. Com um futebol pragmático e muito truncado, a Juventus aproveitou do nervosismo francês para vencer o primeiro jogo por 1 a 0. Já a segunda partida, no principado, foi um pouco mais aberta, com o Monaco buscando o gol e contando com as boas atuações do jovem Martial, João Montinho e Kondogbia. Bem postada defensivamente, a Juventus contava com a experiência de Buffon, e uma defesa digna da escola italiana, com Lichtsteiner, Chiellini, Barzagli, Bonucci e Evra, tendo Pirlo como o elo de ligação da defesa ao ataque, que sempre buscava a velocidade de Tevez e Morata. Mesmo com oportunidades criadas, o Monaco não conseguiu seu gol e com o 0 a 0 na França, a Juventus avançou para a semifinal da Champions depois de 12 anos.
No confronto mais aguardado das quartas de final, Atlético de Madrid e Real Madrid reeditavam a final da última UEFA Champios League. De um lado um time muito bem treinado por Diego Simeone; do outro, os atuais campeões, os galácticos do Real. O primeiro jogo teve um Real Madrid que pressionou muito durante os primeiros 45 minutos, e só não conseguiu o seu gol graças a grande atuação do goleiro Oblak. A segunda etapa foi mais equilibrada, mas as duas equipes não demonstraram um futebol de qualidade, o primeiro jogo ficou mais marcado pela disposição e entrega dos jogadores do que por uma partida bem jogada.
O jogo da volta no Santiago Bernabéu, foi novamente um jogo de muita entrega e luta. Mesmo com desfalques importantes como Benzema e Bale, o Real dominou o Atlético e mereceu sua classificação. Com Sérgio Ramos ao lado de Kroos, Ancelotti deu mais proteção a sua defesa liberando Isco, Carvajal e Coentrão para apoiar o ataque. Nervoso, o Atlético jogava no contra-ataque, mas não conseguia produzir muito, vendo suas chances de classificação reduzirem após a expulsão de Arda Turan, que já havia se envolvido em outros lances duros no jogo. Com um a menos o Atlético se fechou e esperava um grande lance de Koke ou uma bola espetada para Mandzukic. Pressionando, o Real Madrid chegou a seu gol aos 42 minutos da etapa final, em grande jogada de Cristiano Ronaldo que deixou Chicharito Hernandez, livre para vencer Oblak e garantir a vitória do Real, quebrando uma longa série de jogos sem vencer seu rival de Madrid.
Às quartas final demonstraram que o PSG, mesmo gastando “rios” de dinheiro ainda não é uma equipe imponente no velho continente, que se apequena quando tem pela frente uma camisa de mais peso. O Monaco, mesmo com um time menos badalado, mostrou organização e ambição de buscar algo a mais na Champions League. O Porto foi guerreiro, mas tinha um Bayern pela frente e isso faz muita diferença. Agora, é esperar às semifinais, que serão de tirar o folego como a muito tempo não ocorria.
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