CHAPECOENSE E UM TÍTULO MUITO MAIOR QUE A SUL-AMERICANA
A Chapecoense é campeã da Copa Sul-Americana. A maior conquista já obtida por um time catarinense. A glória mais alta já alcançada por um time do interior do Brasil. Esse é o maior momento da história do clube e o mais triste.
Não houve festa pela conquista, mas sim um profundo luto. Uma tristeza e pesar que tomou o mundo. Quis o destino (ou as variáveis das ações humanas) que o ápice da história da Chapecoense fosse marcado por uma tragédia, que encerrou a vida de 71 pessoas.
O maior time da história do simpático clube de Chapecó havia derrubado os gigantes do futebol sul-americano, Indepiendente e San Lorenzo, e se preparava para enfrentar o melhor time do continente, sem saber que a partida nunca aconteceria.
Tanto o Atanasio Gitardot quanto a Arena Condá lotaram, mas não para torcer. Foi numa homenagem às vítimas que os dois estádios pulsaram juntos, numa emoção que se alastrou mundo afora.
A corrente formada pelo #forcachape fez com que todos os cantos do mundo rendessem homenagens à Chapecoense, do futebol ou não, conhecendo ou não o time.
A Chapecoense foi lembrada em todas as partes da Europa neste sábado. #ForçaChape pic.twitter.com/UFaexuIzPi
— FOX Sports Brasil (@FoxSports_br) 3 de dezembro de 2016
Na tristeza, rivais se uniram para ajudar a Chape e o futebol mostrou o seu lado mais humano, do qual muitas vezes nós nos esquecemos.
Linda manifestação nas arquibancadas! As torcidas organizadas de boa parte do Brasil estão presentes na Arena Condá! #ForçaChape pic.twitter.com/psS1asSohu
— Esporte Interativo (@Esp_Interativo) 3 de dezembro de 2016
A Chape chegou onde nunca se imaginou e sofreu um baque que jamais se espera sofrer, independente das circunstâncias. Dá tragédia tiramos mais lições dos perigos que o futebol oferece – ou daqueles que prestam serviços ligados à logística do esporte – mas também renovamos nossas esperanças.
Vimos um Atlético Nacional gigante em sua postura de apoio ao rival e aos envolvidos no acidente, abdicando de um título em nome de princípios morais que, esquecidos como são em boa parte das vezes, nos fazem render elogios or atitude que de tão nobre parece longe de nossa realidade.
Ser historia y hacer historia: gracias por su leyenda. Campeones eternos. pic.twitter.com/KPU9EBDRPY
— Atlético Nacional (@nacionaloficial) 5 de dezembro de 2016
Não é o fim, nem para a Chape, nem para o futebol. Mas é uma tristeza muito grande que só passará com um recomeço. Um recomeço de uma equipe campeã, que jamais será esquecida.
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